Resumos elaborados pelos alunos do 3º A da Escola Básica Feijó nº 1 e apresentados ao escritor aquando da sua visita.
Um coelho atencioso
Estava eu a apanhar flores silvestres, à volta da minha aldeia para levar para a escola, quando me encostei a uma oliveira para descansar e, de repente, me tocaram nas costas. Era um coelho branco, com uma mancha acinzentada a dividir a cabeça ao meio. Nós os dois tivemos uma conversa como se fossemos amigos há muito tempo.
Durante a conversa eu disse-lhe que voltaria àquele lugar para brincarmos, mas o coelho avisou-me que iria haver um temporal terrível. Eu perguntei-lhe como é que ele sabia e ele respondeu-me que tinha uma pata que adivinhava.
O coelho foi-se embora devagarinho mas decidido.
No dia seguinte choveu muito, tal como o coelho me tinha avisado. Só mais tarde é que aprendi o que quer dizer "ter uma pata que adivinha", principalmente hoje quando me doem os ossos.
Era uma vez um rapaz que quando chegva da escola ia brincar com as galinhas, assustando-as.
Um dia levou a brincadeira muito a sério e quando a mãe o chamou com a voz acusadora, as galinhas saltaram à sua frente, aflitas com a brincadeira.
O rapaz sabia ter feito asneira mas não percebia a razão de a mãe ralhar daquela forma. Ouviu os desabafos da sua mãe com a vizinha e foi percebendo a asneira da brincadeira. Ele poderia ter causado uma grande falta de ovos, ele poderia ter deixado as galinhas chocas.
O rapaz começou a chorar, deitado na sua cama até a mãe o chamar para o jantar. A mãe viu os seus olhos vermelhos a pedir desculpa e prometeu ter mais juízo. A mãe perdoou-o e deu-lhe um beijinho.
Felizmente, no dia seguinte havia ovos! O rapaz aprendeu e nunca mais voltou a repetir a diversão com as galinhas poedeiras.
O caramelo azarado
Era uma vez um caramelo muito doce como o mel que estava à venda numa mercearia. O caramelo tinha um grande problema: quando estava a chegar a sua vez de ser comido, o merceeiro voltava a encher a caixa e ele ficava cada vez mais no fundo.
Ele lamentava-se por não ter sido comido pois tinha ficado na venda avulso em vez de ser embalado em saquinhos.
O caramelo pensava que se ficasse seco perderia as suas qualidades e já não poderia ser comido e derretido de felicidade como era o seu sonho e seu desejo.
Passou-se muito tempo até que um dia ele se viu fechado num grande saco de papel e apercebeu-se que estava a ser transportado dali. De repente, ouviu uma grande gritaria bem-disposta, provavelmente uma festa de crianças.
Juntamente com dois companheiros sentiu-se agarrado pela mão de uma criança, uma menina que logo lhe tirou o papel, o seu fato desde sempre. O caramelo ouviu a menina dizer que ele era muito bom.
E assim deixou de haver o caramelo que se transformou nesta estória.