Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto, em 1919, no seio de uma família aristocrática. A sua infância e adolescência decorrem entre o Porto e Lisboa, onde fez o curso Filologia Clássica. Após o casamento com o advogado Francisco Sousa Tavares, fixa-se em Lisboa, passando a dividir a sua actividade entre a poesia e o activismo cívico contra a ditadura de Salazar, que então dominava o país. As duas actividades não são, no entanto, separáveis: se por lado é sócia fundadora da “Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos”, a poesia ergue-se também como uma voz da liberdade, especialmente em O Livro Sexto. A sua intervenção cívica é uma constante, mesmo após a Revolução de Abril de 1974, tendo sido Deputada à Assembleia Constituinte pelo Partido Socialista.
Sophia é ainda tradutora para português de obras de Claudel, Dante, Shakespeare e Eurípedes, tendo sido condecorada pelo governo italiano pela sua tradução de O Purgatório.
Sophia de Mello Breyner Andresen foi, sem sombra de dúvida, um dos mais amados poetas portugueses contemporâneos – um nome que se transformou, em Portugal, num sinónimo de poesia pura e, ao mesmo tempo, numa espécie de musa da própria poesia.
Obras:
Menina do mar
Rapaz de Bronze
A Floresta
A árvore
Obra Poética I
Obra Poética II
Obra Poética III
O Cavaleiro da Dinamarca
Contos exemplares
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MARIA ALBERTA MENÉRES
Maria Alberta Meneres nasceu em Vila Nova de Gaia, em 1930 e licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, pela Universidade Clássica de Lisboa. Foi professora do ensino secundário e colaborou em diversas publicações nomeadamente Távola Redonda, Diário de Notícias, Cadernos do Meio-Dia e Diário Popular, tendo neste último sido responsável, durante dois anos, pela secção Iniciação Literária.
A sua primeira obra surgiu em 1952 e intitula-se Intervalo, tendo sido premiada, em 1960, com o seu livro Água-Memória, no Concurso Internacional de Poesia Giacomo Leopardi.
Maria Alberta Meneres tem dedicado grande parte da sua obra à literatura infantil e juvenil e produziu nesta área programas de televisão, sendo em 1975 sido nomeada chefe do departamento de programas infantis e juvenis da RTP.
Ao longo da sua carreira tem recebido inúmeros prémios nomeadamente o Prémio de Literatura Infantil da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1981. Em colaboração com Ernesto de Melo e Castro, organizou, em 1979, uma Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa.
Obras:
- O Poeta Faz-se aos 10 Anos, 1973
- A Chave Verde e os Meus Irmãos, 1977
- Hoje há Palhaços , 1977
- Primeira Aventura no País do João, 1977
- Poesia
- Antologia da Poesia Portuguesa (1940-1977)
- Intervalo, 1952
- Cântico de Barro, 1954