Foram procurar descobrir:
- lendas;
- provérbios;
- contos;
- receitas;
- lengalengas;
- poemas...
Ora vejam algumas descobertas...
A LENDA DO BOLO REI
Quando os Reis Magos foram visitar o Menino Jesus, perto da gruta onde estava o menino, os Reis Magos tiveram uma discussão para saber qual deles seria o primeiro a oferecer os presentes.
Um artesão que por ali passava assistiu à conversa e propôs uma solução para o problema, de maneira a ficarem todos satisfeitos. O artesão resolveu fazer um bolo e meter uma fava na massa. Depois de cozido repartiu o bolo em três partes e aquele a quem saísse a fava seria o primeiro a oferecer os presentes ao Menino.
Assim ficou conhecido pelo nome de Bolo Rei e como tinha sido feito para escolher um rei passou a usar-se como doce de Natal.
Dizem que a côdea do bolo simboliza o ouro, as frutas simbolizam a mirra e o aroma, o incenso.
•Do Natal a Santa Luzia, cresce a noite e mingua o dia.
•Dos Santos ao Natal, ou bom chover ou bom nevar.
•Mal vai Portugal se não há 3 cheias antes do Natal.
•No Natal semeia o teu alhal se o quiseres cabeçudo pelo Entrudo.
LENGA-LENGAS
Deixei meu sapatinho
Deixei meu sapatinho
Na janela do quintal
Não se esqueça de ninguém
Seja rico ou pobre
O velhinho sempre vem!
*******************************************************************************
Está a chover e a nevar
E a raposa no lagar
A fazer as camisinhas
P`ra amanhã se casar.
Está a chover e a nevar,
E a raposa no quintal
A apanhar laranjas
Para o dia de Natal.
RECEITAS
1 litro de leite
25 g de manteiga
5 gemas de ovo
150 g de açucar
canela q.b.
Ingredientes:
2 maçãs golden (amarelas);
2 colheres de sopa Brandy ou rum
Preparação:
CONTOSLENDA DO PINHEIRO DE NATAL
Na noite de Natal ouviu-se uma voz dizendo:
- Nasceu Jesus em Belém!
Num instante, todos os habitantes do bosque, as árvores, as plantas e os animais de toda espécie resolveram ir a Belém, para ver aquele, de quem se dizia ser o Senhor vindo à Terra.
Porém o pinheirinho, pequenininho, estava preso na terra. Fez muita força, demorou algum tempo, mas conseguiu se libertar.
Todos os habitantes do bosque já iam longe e o pinheirinho, continuou firme o caminho. Estava cansado, pois a distância era grande.
Lá do céu, os anjinhos observavam, a perseverança da pequena árvore, insistindo em chegar à Belém.Com pena, recolheram no céu muitas estrelinhas e trouxeram para a Terra, colocando-as no pinheirinho. O pinheirinho ficou lindo! Todo iluminado teve ainda mais força para encontrar Jesus.
PROVÉRBIOS
•Ande o frio por onde andar, há-de vir pelo Natal.
•De Todos-os-Santos ao Natal, bom é chover e melhor nevar.
•De Todos-os-Santos ao Natal, perde a padeira o seu capital.
•Do Natal a Santa Luzia, cresce a noite e mingua o dia.
•Dos Santos ao Natal, ou bom chover ou bom nevar.
•Mal vai Portugal se não há 3 cheias antes do Natal.
•Natal ao sol, Páscoa ao fogo, fazem o ano formoso.
•Natal em casa, junto à brasa.
•Natal na praça, Páscoa em casa.
•No dia de Natal têm os dias bico de pardal.
LENGA-LENGAS
Deixei meu sapatinho
Deixei meu sapatinho
Na janela do quintal
O Pai Natal deixou
Um presente de Natal
Querido Pai NatalNão se esqueça de ninguém
Seja rico ou pobre
O velhinho sempre vem!
*******************************************************************************
Está a chover e a nevar
A fazer as camisinhas
P`ra amanhã se casar.
Está a chover e a nevar,
E a raposa no quintal
A apanhar laranjas
Para o dia de Natal.
ARROZ DOCE DE NATAL
150 g de arroz
1/4 litro de água 1 litro de leite
25 g de manteiga
5 gemas de ovo
150 g de açucar
canela q.b.
Preparação:
Leve o arroz ao lume em água e deixe ferver até a água desaparecer. Misture o leite e deixe cozer o arroz. Quando este estiver cozido, misture o açucar, as gemas e a manteiga. Retire do lume sem deixar ferver. Distribua por pratinhos, taças ou um prato grande. Polvilhe com canela.
BOLO DE NATAL
Ingredientes:
200 gr açúcar;
120 gr manteiga;
3 ovos;
1,5 dl leite;
12 gr (+ ou - 1 colher de sopa) de fermento em pó;
1 pitada sal;
320 gr farinha sem fermento;
1 pitada de canela;
25 gr amêndoa moída; 2 maçãs golden (amarelas);
2 colheres de sopa Brandy ou rum
Preparação:
Juntar açúcar, ovos, leite, sal, fermento, canela e brandy ou rum; misturar muito bem, juntar a amêndoa moída e uma das maçãs cortada em cubos muito pequenos, juntar a farinha e misturar sem bater, adicionar a manteiga derretida e incorporar bem.
Colocar em forma untada, de mais ou menos 18 cm x 6 cm, cortar a outra maçã sem descascar em quatro partes, fazer golpes como se fosse cortar para a tarte de maçã, mas sem separar e colocar em forma de estrela sobre a massa. Cozer a 180º (forno médio) cerca de 40 minutos.
BROINHAS DE NATAL
1/2 kg de puré de batata doce
1/2 kg de açúcar + 350 g de açúcar
raspa de laranja
100 g de coco ralado
4 colheres de sopa de pão ralado
3 ovos
1 gema
200 g de farinha de trigo
200 g de farinha de milho
100 g de amêndoas moídas
sal
Preparação:
Cozinhe a batata doce, descasque e faça um puré. Leve ao lume com as 500 g de açúcar mexendo sempre para não queimar. Tire do lume e deixe arrefecer. Junte o resto dos ingredientes misturando bem. Quando tiver como massa molde umas broas, coloque numa forma untada, pincele com a gema de ovo batido e leve ao forno até dourar.
Um Presente Inesperado
Chovera toda a noite. As ruas eram autênticas ribeiras, arrastando na enxurrada toda a espécie de detritos. Os carros passando a alta velocidade espalhavam, indiferentes, água suja sobre os transeuntes, molhando-os, sujando-os.
O Tonito seguia também naquela onda humana, sem destino. Tinha-se escapulido da barraca, onde vivia. Os pais tinham saído cedo para o trabalho, ainda ele dormia, os irmãos ficaram por lá brincando, chapinhando na lama que rodeava a barraca. Ele desceu à cidade, onde tudo o deslumbrava. Todo aquele movimento irregular, caótico, frenético. Os automóveis em correrias loucas, as gentes apressadas nos seus afazeres. E lá seguia pequenino, entre a multidão, numa cidade impávida, indiferente, cruel mesmo. Passava em frente às pastelarias, olhava para as montras recheadas de doçuras, ele comera de manhã um bocado de pão duro e bebera um copo de água. Vinha-lhe o aroma agradável dos bolos, o seu pequeno estômago doía-lhe com fome! Chovia agora mansamente, uma chuva gelada, levando uma cidade onde se cruzavam o fausto, a vaidade, o ter tudo, os embrulhos enfeitados das prendas, com a dor a melancolia, o sofrimento, o ter nada e no meio uma criança triste e com fome! Mas o Tonito gostava era de ver as lojas dos brinquedos. Lá estavam os carros de corrida, o comboio, os bonecos, enfim todo um mundo maravilhoso que ele vivia, esborrachando o nariz sujo contra a montra. Lá dentro ia grande azáfama nas compras de Natal. E os carros de corrida, o comboio, os bonecos eram embrulhados em papeis bonitos para irem fazer a alegria de outros meninos. Uma lágrima descia, marcando-lhe um sulco na sujidade da carita. Eis que os seus olhos reparam num menino, que de lá dentro o olhava. Desviou-se envergonhado. Não gostava que o vissem chorar. E afastou-se devagar, pensando nos meninos que tinham Natal, guloseimas e carros de corrida para brincar. Ele nada tinha, além da fome e a ânsia de ser feliz e viver como os outros. Pensou no Natal, no Menino Jesus, que diziam que era amigo das crianças a quem dá tudo. Por que é que a ele o Jesus Pequenino do presépio nada dava?
De repente, uma mãozinha tocou-lhe no ombro.
Voltou-se assustado. Era o menino da loja que lhe metia na mão um embrulho bonito. À frente a mãe, carregada de embrulhos, fazia de conta que nada via. Abriu-o e deslumbrado viu um carro de corridas, encarnado, brilhante, como os olhos do menino que lá ao longe lhe acenava. Ficou um momento sem saber o que fazer, mas depois largou a correr, mostrando bem alto a sua prenda de Natal.
Parara de chover. O sol tentava romper as nuvens escuras, lançando um raio de luz brilhante e quente sobre o Tonito, que ria feliz, numa carita sulcada pelas lágrimas.
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